Os Benefícios da Convivência com Animais de Estimação

A Convivência entre seres humanos e animais de estimação remota o período Holoceno (10.000 a.c), época geológica que corresponde ao período Neolítico, em que o Homo sapiens sapiens domesticou animais e plantas.

Este convívio entre eles sofreu modificações ao longo da evolução, os papeis desempenhados pelos animais se modificaram.

Nos dias atuais, os animais representam para os seres humanos como “um membro da família”. A relação responsável de tutores que amam  seus animais, geralmente cumpre o “até que a morte os separe”.

Está comprovado que a companhia dos bichos atenua problemas físicos e psicológicos. Este assunto foi tema amplamente discutido, na Conferência da International Society For Anthrozoology and Human-Interaction, ocorrida no Kansas-EUA, em 2009.

Os especialistas demonstraram as pesquisas sobre os benefícios dessa convivência para o organismo humano. Dentre eles, os mais observados foram a redução da hipertensão, da obesidade; dos níveis de colesterol; do estresse; da ansiedade e da depressão.  O afeto proporcionado ao prazeroso convívio, estimula o cérebro a produzir substâncias ligadas ao bem-estar, como os neurotransmissores, endorfina, dopamina e serotonina que relaxam o corpo. Pesquisas também comprovam que os animais de estimação podem ajudar os seres humanos de forma surpreendente, como na detecção de cânceres precoces, por seu apurado olfato.

Benefícios à Saúde:

Economia com remédios e visitas aos médicos: Quem é tutor de um cão ou gato, vai menos ao médico, e precisa tomar menos remédios, garantem os pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Segundo especialistas Australianos, quando tutores de cães e gatos ficam doentes, além de necessitarem tomar menos remédios, recebem alta dos hospitais em média dois dias antes dos demais.

Fator de proteção para hipertensão e coração: Em uma pesquisa realizada em Nova York, corretores da bolsa de valores foram submetidos a situação de estresse e só os que tinham pelo menos um animal de estimação apresentaram taxas normais de PA. É que a sensação de responsabilidade em cuidar de um animal bem como o companheirismo, diminui o nervosismo e dilata os vasos sanguíneos. Em um  estudo de 1980, durante um ano, a doutora Erika Friedmann, acompanhou 92 homens e mulheres hospitalizados por ataques cardíacos. Ela constatou que 11 dos 39 pacientes sem bichos, morreram em decorrência desses ataques, enquanto apenas 3 dos 53 tutores de cães e gatos tiveram o mesmo fim.

Depressão: Segundo especialistas, quando uma pessoa esta depressiva é mais fácil fazer algo por alguém que por ela mesma. Essa dependência que o animal possui do seu tutor, faz com que a pessoa se sinta muito importante e útil elevando sua auto-estima e evitando o isolamento, principalmente daquelas que se encontram na terceira idade, proporcionando mais atividade e convívio social, afastando dessa maneira, a depressão. Quando se leva cães e gatos em locais com pessoas doentes, especialmente idosos e crianças, contata-se a alegria que eles trazem para o mesmos.

Hormônio do Amor: Mulheres que adotam um cão ou gato filhote, passam a produzir mais ocitocina, segundo revela um grupo de cientistas japoneses. Conhecida como o “hormônio do amor” essa substância é responsável dentre outras funções, também pela satisfação da mãe ao dar à Luz ao bebê e quando o amamenta.

Para as crianças:  O contato com os Pets desde cedo faz bem à saúde, proporcionando o aparecimento de anticorpos, e deste modo reduzindo pela metade o aparecimento de futuras alergias por estimulação do sistema imunológico.  Melhora também o desenvolvimento psíquico e social, facilitando assim o convívio com seus semelhantes. Ter um cão ou gato, ajuda a criança a lidar com fatos importantes da vida, como nascimento; reprodução e morte, sobretudo reforçando a auto-estima.

Sensação Maior de Bem Estar: Outro estudo norte-americano, dessa vez realizado com 240 casais, revelou que a presença de um mascote em casa, deixa as tarefas do dia a dia muito mais agradáveis, aliviando a pressão cotidiana.

Amizades Multiplicadas: Passear com um Pet, facilita a aproximação. Segundo uma pesquisa, pessoas que saem com animal de estimação acabam fazendo mais amizades do que as que costumam caminhar desacompanhadas.

Nos EUA, cães e gatos estão sendo utilizados em penitenciárias como forma de melhorar a convivência interna entre os detentos. Nas prisões de vários Estados daquele país, graças às parcerias com abrigos de animais, os mesmos são lá enviados para que os presos, muitos destes no corredor da morte, cuidem deles. Segundo as autoridades locais, os gatos trazem o lado sensível daqueles homens como se fossem crianças, aliviando a raiva e reduzindo o estresse e a agressividade dos condenados.

Mas ter um animalzinho de estimação em casa exige responsabilidade; cuidados com a higiene; gastos com alimentos de boa qualidade; acessórios para o seu bem estar e atendimento médico veterinário regularmente. Entretanto, esse “trabalho” é irrelevante se comparado aos benefícios que eles trazem para conosco.

Cerca de 33 milhões de brasileiros que são tutores de cães e 17 milhões que tem gatos, já descobriram isso. Se você ainda não tem o seu, saiba que nunca é tarde para adotar.

 

Dario Carabetti

Médico Veterinário CRMV-MG 5110

 

 

       

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